A doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência em todo o mundo, impactando diretamente na vida de familiares, principalmente pelo aumento da carga de cuidados. É uma doença neurológica, que se caracteriza por quadro demencial progressivo com comprometimento inicial da memória para fatos recentes. Com a evolução da doença, há a deterioração das funções cognitivas, como apraxias construtivas (dificuldade de desenhar uma casa ou montar um quebra-cabeças), agnosias (dificuldade de identificar um objeto pelo tato, por exemplo) e distúrbios afásicos (distúrbios de linguagem que afetam a comunicação). O quadro é de evolução lenta, variável e irreversível, tornando os pacientes dependentes de cuidados diários, de medicação para retardar o avanço da demência, além de uma equipe multidisciplinar para suporte ao paciente e à sua família.
O convívio com pacientes com Alzheimer pode requerer das famílias uma alteração bastante significativa em sua dinâmica cotidiana, pois o cuidar pode constituir-se numa tarefa desgastante. De maneira geral, em todo o mundo, cuidar de idosos é uma responsabilidade que pertence à esfera familiar, cumprindo assim, a família, uma norma social. As tarefas desenvolvidas pelo cuidador, ao longo do tempo, devem ser realizadas de forma humanizada, pois a humanização do paciente e do ente querido é um pilar para que seu adoecimento não seja potencializado e sua saúde mental e física, bem como sua qualidade de vida, sejam preservadas; afinal, a pessoa doente ainda é o indivíduo dotado de aspectos subjetivos e individuais que lhe constituíam a personalidade antes do diagnóstico.
O médico de família está capacitado para realizar o diagnóstico e acompanhamento de pacientes com a Doença de Alzheimer, assim como de seus familiares e cuidadores.
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